sábado, 25 de agosto de 2012

Mahou no Tamashi 7#- O porto da paz


                                      Mahou no Tamashi 7#- O porto da paz
Depois que adormeci, não tinha nem a vaga lembrança do que era qualquer coisa, quando fui retomando os sentidos pude distinguir pequenas coisas. Aquele era o porto, no país em que moro ele é muito conhecido, é chamado de “O porto da paz”, o que era obviamente uma mentira, mas em um local de negócios temos que ser civilizados, ou pelo menos quase isso.
 O odor de tripas e comida estragada me deixava nauseada e o homem que me sequestrou andava sem os mínimos problemas pelo local, eu estava obviamente amarrada, mas aquilo deveria ser comum por lá, a venda de escravos ainda era muito comum. Eu fui colocada em uma espécie de veiculo marítimo, mas meu rosto vendado não me deixava saber o que era.
Lá era frio, úmido, e pelo cheiro me parecia que eu não estava sozinha, o odor de sangue e vomito impregnava o local, os soluços silenciosos e o barulho de crianças chorando inundavam meus tímpanos, aquele lugar por mais que não quisesse admitir me era vagamente familiar.
 Ouvi o barulho de uma âncora e soube que havíamos chegado ao destino, duas pessoas entraram na sala e pelo barulho eram obviamente homens, crianças mais novas choraram e outras gritavam em línguas que jamais escutei o que imaginava ser piedade, mas as forças descomunais daqueles homens colocavam medo em mim que estava vendada, elas não eram páreas.
E foi assim, que uma por uma todas elas se foram, berrando, gritando, chorando e até clamando por piedade ou a morte, mas lagrimas não eram o ponto fraco deles. Quando finalmente minha vez chegou, eu estava mortalmente amedrontada, mas não chorei ou clamei como todos os outros, fui calma e pacientemente para fora com eles.
Tiraram minha venda, e me levaram a uma loja caindo aos pedaços. Ela já deveria ter sido muito bonita, mas a cor havia desbotado e as paredes eram muito fracas, uma voz muito familiar parecia discutir com algumas pessoas mais velhas sobre mim, e no momento percebi de quem era a voz, do meu sequestrador, seu rosto estava escondido por um manto escuro e ele disse:
- E então, quanto me dá por essa?
- Não sei, não parece ser forte, é muito calma também.
- Acho que não me entendeu, quanto me dá por Rin Vancrison.
- Essa é a Vancrison!- Indagou o homem. – Se é mesmo o que faz aqui? Sabe rapaz não gosto de ser enganado.
- E eu não gosto de enganar, ela é minha mais nova conquista, estou vendendo ao senhor por que é um ótimo cliente.
-Bem..., vou comprar, mesmo que não seja a Vancrison ela é muito bonita, dará um ótimo animalzinho. Eu lhe dou 800 währung.
Senti-me ofendida, mesmo que estivesse sendo vendida, isso era um preço relativamente baixo, mas o “sequestrador” disse:
- Lhe vendo por 20.000, e é meu ultimo preço.
- Isso é alto garoto, mas está tudo bem, ponha ela em meu navio e já lhe dou seu dinheiro.
Ele recebeu o dinheiro e veio ate mim, segurou meu corpo e o pôs por cima dos ombros, eu ignorei todo o resto. Ele me tirou da loja e foi até um navio não muito longe, assim que me colocou no chão me disse:
- Ainda vai me agradecer senhorita.
E me deixou lá, enquanto era carregada por dois homens para dentro do navio.
                                                                                                                                               Continua......

2 comentários:

Emi-chan disse...

ta muito legal, continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, muito boa a historia!!!!!!!!!! to tensa...

Jóssily Lopes disse...

Obrigada Emi-chan, e espero que esteja indo tudo bem com o mangá.

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