segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mahou no Tamashi 6#- Lugar odiado


                                                   Mahou no Tamashi  6#- Lugar odiado
Ao ouvir aquilo entrei em choque, sabia que não devia permanecer ali, mas tinha que ficar para saber o que aconteceria. O meu tio deixaria se levar? A julgar a como ele criava a filha, ela o tinha em suas mãos, e sabia disso. Quando finalmente o silencio foi cortado e meus pensamentos pausados ele disse:
- Mai, que ideia é essa, não se mata as pessoas como se fossem animais, não somos bárbaros!
- Papai, pense, ela é apenas uma criança, como você mesmo diz, e nos sabemos que essa não seria a primeira vez que faria isso.
- São coisas diferentes.
- Pai apenas contrate a pessoa ideal, que iria suspeitar de nós, os parentes desconsolados, que é claro, herdam milhões.
- Bom, se for assim... Conheço a pessoa perfeita.
Tinha que sair dali imediatamente, eu teria que sair de minha própria casa, porque não era mais confiável, e de modo que até eu achei fácil, sai daquela mansão pela a porta dos fundos, como um inseto que tem medo de não sobreviver. Mas o que eu faria? Não tinha amigos, não tinha um lugar para ficar. Eu já estava nas ruelas, quando pensei em um lugar, eu o repugnava, mais serviria, eu tinha dinheiro, não muito, mas o necessário, e ninguém sentiria minha falta além de Stefan.
Bom, se minha memoria não falha, ficava próximo ao porto, escondido na floresta, um pequeno chalé, era lá que iria me refugiar. No porto comprei comida, bebida, o que iria precisar, e, contra minha vontade, adentrei na floresta escura. Lembrava ainda das instruções que minha mãe havia criado para mim, quando eu ainda era criança para não me perder por lá
.
"Dentro da floresta escura não sinta medo
Lá haverá uma placa com um dedo, ao chegar, vire à direita,                                                                                                    
Vá pela estrada enquanto sente o perfume das laranjeiras
E quando no jardim adentrar, e me ver segurando laranjas, saberá que no seu destino chegou.

Mas se ficar com muito medo e se perder,
Faça como Alice e siga o coelho.
E se uma bruxa má encontrar,
Como Dorothy faria os sapatos bateria.”



Bom, segui as instruções e cheguei à placa, virei à direita, mas não havia perfume de laranjeiras, e não havia jardim para adentrar, tão pouco a visão de minha mãe segurando laranjas; tudo aquilo se fora.
Depois disso o que me lembro, era de uma pessoa me segurando, pressionando um lenço em meu rosto, tinha um cheiro forte e horrível, o tecido era seda. Eu ri de mim mesma, que coisa mais trivial para pensar, será que esse era o homem ordenado a me matar?
Não sei, não havia o que fazer, eu me debatia mais era inútil, desisti e por fim o cheiro tomou conta do meu corpo, fazendo-o amolecer, e de maneira gentil o homem disse:
- Durma bem, senhorita.

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